Foi assim quando conheci a poesia de Lara Amaral: instantaneamente tocado.
(René Magritte. L'empire des Lumières, 1954)
Modo: tangente
Estou para a madrugada como ninguém está para mim.
Sentada, no modo: ‘espera’
colho vãos de sono, reivindico milagres
mas não creio
nos que vivem um sentimento
e não sabem: não é possível
projeções, são
até que queima a luz
do projetor dos olhos
o painel na parede mostra
um ser desconhecido
a te gravar:
o escolhido
rebobina pecados e te atira
em várias pedras
dor
mentes
ele não está mais para você
como estavam antes
um para o outro
no modo: ‘vida flutuante’
não como a madrugada está para mim
triste, enferma
nunca me enganou
será para sempre assim
Agradeço mais uma vez o convite, Vagner, uma honra estar aqui neste blog de escritores maravilhosos, também foi instantaneamente que gostei daqui.
ResponderExcluirBeijos.
Lara, sua poesia é muito especial!
ExcluirA essência da poesia da Larinha é algo extraordinário.
ResponderExcluirMadrugada, solidão, relações desgastadas, ternura e acidez.
Parbéns pela escolha.
Lindo poema, Lara! Pura elegância em versos fortes! Seja bem-vinda!
ResponderExcluirA Larinha é cativante mesmo, moça de acender palavras.
ResponderExcluirDemais! beijos nos dois
ResponderExcluirfeliz escolha, Vagner. belo poema, Lara.
ResponderExcluirbeijo num e noutra.