(Mario Cravo Neto. Odé, 1989)
(para Davi Muniz)
Como de um bloco de mármore,
mármore negro esculpido,
eis que surge a bela forma
de um homem feito menino.
Ainda que feito pedra,
da pedra não herda o frio;
antes, da pedra a dureza,
digo, firmeza, e o brilho.
E, mais que brilho de pedra
(brilho desse de ser visto),
tem brilho que vem de dentro,
como só pode um ser vivo.
E mais, pois a qualidade
de brilho vai além disso:
é brilho que vem do fogo,
que só tem quem é nascido
não da pedra, embora à pedra
seja um tanto parecido,
mas de outra matéria-prima:
amor; do amor ele é filho.
O lírico e o épico: assim e assado!
ResponderExcluirBelo poema para o Davi, Vagner!
ResponderExcluirlindo, lindo poema, Vagner. e amoroso, como somente quem dá a vida pode escrever.
ResponderExcluirAmei esta poesia.
ResponderExcluirBeijos, Léa
Amei sua presença em Nóstres, Léa!
ExcluirBeijo!