segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A casa do tempo


(Vincent van Gogh. Vincent's Bedroom in Arles, 1889)

O tempo para
fazer-se presente
veste e reveste
as paredes da casa

O tempo para
ocupar um espaço
investe-se
nas paredes da casa

O tempo para
fazer-se vivente
(e não ser para sempre)
ergue paredes em si
para morrer pela causa.

5 comentários:

  1. Meu querido Monstro,

    não há mais tempo.

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  2. Vagner, sim, fala muito bem o eu-lírico: o tempo para fazer-se vivente ergue paredes em si. Mas, digo a ele, é possível aprender a escalar, abrir fendas, janelas ou portas, equilibrar-se mesmo sobre cordas de palavras. Puro ritmo nesse poema bacana como sempre!

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  3. Esta pintura do Van Gogh é linda, creio que ele iria apreciar este poema.

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