deixei de pensar há dez anos. não, cinco,
talvez quatro. menos ainda. deixei de pensar. nele e em qualquer coisa que me
lembre o ruído da tristeza enchendo meu copo/corpo de decepção. foi bom enquanto
durou, embora não tenha começado. nunca senti seu toque, seu cheiro, o alvoroço
das palavras rente ao lóbulo de minha orelha esquerda. nunca mais, porque nunca
houve nada. ou resistiu. dentro de um coração febril e adúltero. o meu. tão só
quanto a mão que repousa sobre meu peito. aquela que nunca amei.
mariza lourenço
[imagem bolshevixen]
Lindo, Mariza, como sempre!
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