A imagem caminha na arrebentação, os pés nos cabelos do mar. Vê-la chegar pelo vidro embaçado, longe, entre o azul ácido e a geometria da janela. Os passos poucos, lentos, traçando coisas muitas que sufocam e poderiam. Uma predestinação, o acaso - como cabe aos encontros - amarra corpo a corpo. Esse não-saber, depois, de um levanta a mão que à do corpo outro segura, retém, acaricia. E ajuda a puxar o gatilho, como se para sempre explodisse em vermelho o céu da boca.
Alberto Bresciani
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