ONDINE
pensava em imensidões. as azuis, de seus olhos, invadindo outras: do 
mar. não fosse o murmúrio distante de todo o resto que lhe trazia os 
cinzas, as gentes, as cidades. o caos. tão pequenos sob seus pés. tão 
gigantes às suas costas. bastava abrir 
os braços e esperar pela distração do vento. e abrir, ainda mais, os 
olhos e fazer-se de surdo. em seus ouvidos o ruído branco das ondas 
orquestrava o próximo movimento. absoluto e dele e grande. como nenhum 
outro.
 
agora, era ele e o abandono. o mergulho certeiro, em gozo, do azul, de seus olhos, na suavidade imensa do mar.
 
mariza lourenço
 
[imagem de gilad]
agora, era ele e o abandono. o mergulho certeiro, em gozo, do azul, de seus olhos, na suavidade imensa do mar.
mariza lourenço
[imagem de gilad]
 

 



que maravilha! me deixa sem palavras para expressar, tao pequena minha arte para comentar a enormidade da sua. so consigo repetir "a esperar pela distraçao do vento ... o mergulho certeiro, em gozo, do azul" que ha para dizer das suas palavras se elas ja dizem tudo", comentar seria acrescentar o nada ao tudo. Beijo
ResponderExcluirquanta saudade de você e de seus comentários, Benno Assmann, meu amigo de sempre. poeta talentoso e etc etc etc.
Excluirfeliz demais em retornar.
beijo enorme.
E eu de braços abertos, minúsculo diante do mar, gigante por ele: o abraço e a gratidão!
ResponderExcluirgrata sou eu.
Excluirbeijo, querido.