Entra no avião. Classe executiva. Não acredita que está ali outra vez. Olha o passaporte e recorda as moedas contadas para o pão com mortadela. Aceita o champanhe, fecha os olhos e se esquece. O vigoroso movimento pela geografia confinará fraquezas, medos, decepções, as culpas, o tempo desertor, tudo isso na réplica miniaturizada do vaso egípcio, lembrança de viagem. Alienação quase tão barata quanto o pão com mortadela que, no entanto, era só comida: não escondia sombras.
Alberto Bresciani
o perfeito contraponto ao humor dos outros mínimos.
ResponderExcluirhá sombra dentro de nós.
conto lindo, Alberto.
Gostei dos 3 contos.
ResponderExcluirEsse me lembrou a poesia da Adélia Prado: "os mistérios aguçam o apetite de viver".
As sombras - mistérios - nos impulsionam, não é Alberto??
Gostei dos 3 mini-contos.
ResponderExcluirCom o turista me lembrei de Adélia Prado: "os mistérios aguçam o apetite de viver".
As sombras/mistérios nos impulsionam.
Parabéns pela escrita e pela disposição de disponibilizar para todos nós.
Obrigado a você, Renata! Ficamos felizes com a sua visita. Volte sempre!
ExcluirOutras vezes, anjos, não Mariza? Secretos, claro!
ResponderExcluirMeu Amigo Alberto, eu estou feliz em ver que mantém em seus contos a mesma qualidade de seus poemas, que eu gosto tanto. Gostei especialmente desse aqui, mas não faço exceção a nenhum. Parabéns!
ResponderExcluirUm abraço, Luciano Lopes
Luciano, fico feliz com o sua visita e com a sua opinião! Minicontos rondam a poesia em alguns momentos. Um abraço.
ExcluirUm miniconto com a sutileza e a profundidade de um poeta. Parabéns, Alberto.
ResponderExcluirAos olhos de um grande amigo... Obrigado, Luciano!
ExcluirAssim muitas pessoas agem no curso da própria vida, fazendo com que tudo pareça tão barato e sem sentido, incluindo, provavelmente sem sentir, a própria existência.
ResponderExcluirÉ o espírito, Regilene! Obrigado!
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