(Mapa do transporte metropolitano de São Paulo)
A mulher em pé no trem
Vendo o seu pulso vazio
Tem certeza que o do lado
É afeito ao surrupio
(Afanou o meu relógio
Que ladrão malvado e frio).
Não se dando por vencida
Ela se vira pro moço
Sussurrando no ouvido
Diz que faz um alvoroço:
- Ou me dá esse relógio
Ou eu furo seu pescoço.
Apertando no cangote
Simulando uma pistola
Deixa claro que ou mata
Ou no mínimo esfola:
- Pega a peça bem quietinho
Bota aqui nessa sacola.
E agora a coisa feita
É preciso dar o fora
Se a necessidade chama
A idéia não demora:
- Mas não quero ouvir um pio
Você vai descer agora.
Mais algumas estações
A vez dela dar o salto
E soltando dos apoios
Desses que ficam no alto
Algo incrível acontece
E ela fica em sobressalto.
Ao baixar a sua mão
Pondo o braço a balançar
Seu relógio se desprende
E retorna ao seu lugar
Tava lá no cotovelo
Vê se dá pra acreditar.
Ela encontra em sua bolsa
Imagine a sua cara
Um relógio masculino
Uma bela jóia rara:
- Eu não creio que fiz isso
Ai meu deus roubei o cara.
hahahaha, Vagner, impossível evitar a gargalhada! a d o r e i! depois dessa excelente semana eu o declaro meu cordelista preferido.
ResponderExcluirOba! Então vou escrever mais! Obrigado!
ResponderExcluirEscreva mesmo, Vagner! Muito bom!
ResponderExcluirObrigado, Alberto! Estou trabalhando uns cordéis novos. :)
ExcluirAmei, incrivel fazia tempo que não lia algo assim.
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