segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

diálogo com Rafael Karelisky

(Poema sem título. Foto: Rafael Karelisky)

começa aqui
o processo de desintoxicação
da língua

vão-se embora
as pimentas
as palavras destemperadas
a saliva espessa
as peles ásperas

fica só a língua
presa
fácil
da última flor

3 comentários:

  1. "fica só a língua
    presa
    fácil
    da última flor"

    Adoro esse jogo de palavras, uma riqueza só!
    Maravilha de poema, do começo ao fim.
    beijo
    (NS)

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  2. muito talentoso
    talento difícil

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