a musa fala:
ele escrevia compulsivamente. certamente, o excesso desculpava a timidez. (e a ausência de voz). quando escrevia não me dirigia palavra. e ele escrevia muito. o tempo todo.
tudo é teu, afirmava.
para mim: os pequenos e delicados contos. os poemas de rimas perfeitas. e as imagens de um amor que, até então, só se consumara no papel.
meu corpo era o mais bonito. minha pele a mais branca. meus olhos a verdade encarnada. em seus versos eu nascia todos os dias para protagonizar uma existência idílica.
eu era sua musa. e assim permaneci até o dia em que tentei trazê-lo para meu mundo de imperfeições. até o dia em que tentei fazê-lo conhecer os deslizes da minha alma e os caminhos, nem sempre retos, das minhas vontades.
ele continua escrevendo compulsivamente e sua amada ainda renasce diariamente em uma história de amor-perfeito.
ele escrevia compulsivamente. certamente, o excesso desculpava a timidez. (e a ausência de voz). quando escrevia não me dirigia palavra. e ele escrevia muito. o tempo todo.
tudo é teu, afirmava.
para mim: os pequenos e delicados contos. os poemas de rimas perfeitas. e as imagens de um amor que, até então, só se consumara no papel.
meu corpo era o mais bonito. minha pele a mais branca. meus olhos a verdade encarnada. em seus versos eu nascia todos os dias para protagonizar uma existência idílica.
eu era sua musa. e assim permaneci até o dia em que tentei trazê-lo para meu mundo de imperfeições. até o dia em que tentei fazê-lo conhecer os deslizes da minha alma e os caminhos, nem sempre retos, das minhas vontades.
ele continua escrevendo compulsivamente e sua amada ainda renasce diariamente em uma história de amor-perfeito.
(e como sinto falta do amor que não vivi)
mariza lourenço
[imagem de irene shpak]
A musa virtual! Gostei muito, Mariza!
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