Como não me afogar
no entrelaçado de tantas navegações
houve a nau do desespero
e do grito em canto de sereia, a onda
formada na pedra
antes a de horizonte claro
mas do mar distante, aplainado
na insistência dos anos
e em meio às correntes, barcas
nas viagens curtas em que todo mergulho
é profundo na pele de oceanos
Ou sobrevivo
no ar dos intervalos entre as linhas
de água (essas mal traçadas e tecidas
tramas), no interlúdio das viagens
ou no que - ao me navegar - é impreciso.
Vagner Muniz
Como não me afogar...
ResponderExcluirna insistência dos anos...
ao me navegar - é impreciso...
Quanta sensibilidade e profundidade! É o tipo de poema que dá vontade de reler várias vezes.
Como não me afogar...
ResponderExcluirna insistência dos anos...
ao me navegar - é impreciso...
Quanta sensibilidade e profundidade! É o tipo de poema que dá vontade de ler várias vezes.
Parabéns Vagner!
Obrigado, Márcia!
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