CYBER
A multiplicação de faces
em volume tera
seduz com o contraponto
que nos faz existir
Sozinho
salvo o teu rosto
Quase engasgo
com o sangue de vermelho
e mercúrio
bombeado pelos cabos ópticos
(o link
dispara na pele
preliminares touch screen)
Te encontro virtual
no cyber
café
rasgando no ar
desejos de carne e osso
Sozinho
Nenhuma webcam
me leva ao teu lugar
Chego em casa
as plantas estão secas
Sou um corpo perdido
wireless
hopeless
O calor do note
não transcende
O antivírus
cegou o amor
ALBERTO BRESCIANI
Poema
originalmente publicado em HIPERCONEXÕES - realidade expandida, org. Luiz Bras, Editora Patuá, 2014.
Imagem-base:
Google
0 comentários:
Postar um comentário