(René Magritte. L'homme au chapeau melon, 1964)
pássaro preso por tempos no fundo da gruta garganta
preso no nó na garganta engasgado
pássaro preso
preso no nó na garganta engasgado
pássaro preso
e a boca destrava
e o peito palpita e a pupila dilata e agora é a chance
e a boca se abre e a língua se arma e agora é a chance
e a boca se abre e agora é a chance
e a boca se abre e agora é a chance
e a boca se abre e o pássaro
e o pássaro
não sai
não sai
o pássaro
não sabe
não sabe
Vagner, esse poema é espetacular. Você dirá que me repito. Mas não. Este nó na garaganta!
ResponderExcluirObrigado, Alberto! De nós em Nóstres vamos levando!
ExcluirSentir esse ar entrar e sair, e as coisas acumulando, engasgando-se por dentro.
ResponderExcluirUm tema que gosto muito.
Belo poema, meu caro!
Beijo.
Lara! Sua visita é muito especial! Um beijo.
Excluirmuito bonito, Vagner.
ResponderExcluirpássaros voam por dentro. deixa o pássaro voar.
ele sabe.
Ele não sabe e nem eu, mas estamos aprendendo, Mariza. Obrigado!
Excluirum pássaro-poema belíssimo!
ResponderExcluirpássaro-poema! que bonito! obrigado, Lázara!
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