CENTAURO
"(...) Deixa que a minha mão errante adentre
Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre. (...)" - John Donne - [feche os olhos] o trote ao largo à frente atrás ao lado o trote lento entre [assim, bem quieta] o trote lento dentro [ainda, não] pulsa pula o músculo treme aberta a carne relincha a fera no ouvido [abre] mariza lourenço [imagem ©chryssalis] |
Belo poema, precisão de ritmo, poetíssima!
ResponderExcluirpoetíssimo é o senhor. eu ainda estou aprendendo o caminho dos versos.
Excluirobrigada, meu amigo.
Eu conhecia este poema citado traduzido por Augusto Campos e não sei por quem musicado, com interpretaçao do Caetano Veloso cantando e sabia ser de um antigo poeta inglês. Muito erótico.
ResponderExcluirSeu poema equilibrou-se em dose certa entre os extremos do mais extremo erotismo carnal e a cadência suave do erotismo romântico, fazendo, em brevidade, o ritmo acelerar e cadenciar, misturando em dose certa amor e prazer.
com diz o resto do poema de John Donne
Como encadernação vistosa
Feita para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente é dado lê-la.
Beijos
saudade, Benninho!
Excluiradoro esse poema de John Donne. em minha opinião o poema erótico perfeito. um dia acordei e escrevi Centauro, sem a intenção, claro, de me igualar ao grande Donne ou meu poema ao dele. mas era algo que eu precisava escrever, então, furtei do poeta a sua inspiração.
beijo, querido.
Delicioso seu poema, Mariza! Primeiro, porque está prenhe de eroticidade, num jogo sensual com elementos humanos e outros nem tão humanos... como um centauro.
ResponderExcluirDepois, fiquei com a forte impressão de já o ter lido/visto em algum lugar [como um déjà vu!], de sorte que não me sai da cabeça essa imagem sexual...
Como John Donne, você é poeta [sim, senhora] e advogada [das boas]... Por acaso, gosta também de ir à missa das seis? Rs
O que seria dos [bons]poetas sem a intertextualidade, recurso que aqui se revela no tema mitológico e na referência feliz ao autor inglês...
Hum... me deu até vontade de cometer uma “fatalidade”:
“Destrincha o amor o ódio
E o arrependimento!
Separa norte e sul
Bem e mal dotados!
Esmaga o dedo mindinho
E o juízo final!
Dama de ferro engajada
E engatilhada!
Faz dum-dum nos
Culhões do poeta!”
[AZ]
você me mima, AZ. demais da conta. no entanto, mais legal que o meu, e delicioso, são esses versos irresistivelmente fatais. adorei!
Excluireu sou mulher de reza, você sabe. vou à missa, desfio rosário, dobro joelhos... hehe
obrigada e beijos.
Lindo, Mariza, especialmente o último verso, visceral. Um bj
ResponderExcluirobrigada, amiga querida. tão bom vê-la por aqui.
Excluirbeijos
belo escrito
ResponderExcluirobrigada, Júlio!
Excluirbem-vindo.
beijo
Belo !
ResponderExcluirgostou, Jesus? fico contente e agradecida.
ResponderExcluirum beijo
Música de corpos... Muito bem, gostei muito!
ResponderExcluirei Lirívia, obrigada!
Excluirum beijo